terça-feira, 4 de novembro de 2014

A História e seus fatos curiosos: A quem pertence Jerusalém?




A quem pertence Jerusalém?



Jerusalém é uma das cidades mais antigas do mundo. Registros apontam sua origem em torno do milênio IV a.C. É considerada uma cidade santa para os judeus, cristãos e muçulmanos e hospeda os principais pontos religiosos, entre eles a esplanada das mesquitas, o muro das lamentações, o santo sepulcro, a cúpula da rocha e a mesquita de Al-Aqsa.

No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.

Qual a razão de tanta disputa? Seriam razões religiosas? Vejamos alguns pontos:

1. Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei David a proclamou como sua capital no 10º século a.C.
2. O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento mas também por sua significância na vida de Jesus.
3. Para os muçulmanos Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo dada a Noite de Ascensão de Mohamed (c. 620 d.C.).

Mas e antes da proclamação de David? Não existiam habitantes em Jerusalém? A resposta é: sim, haviam habitantes em Jerusalém que não eram nem judeus, nem cristãos e nem muçulmanos.

Por isso, partindo do princípio de que uma terra somente pode ser evocada como sua a partir do momento de sua descoberta, não se pode dizer ou determinar que Jerusalém e toda a Palestina sejam dos judeus.

Partindo desse entendimento ‘razões religiosas’ estão descartadas. Se assim fosse, cristãos também estariam na disputa pela reivindicação da intitulada ‘Terra Santa’. Além disso, os palestinos não estão lutando por suas terras considerando a religiosidade. Os israelitas, por outro lado, almejam divisas maiores, que vão além da religiosidade.

João Marco Domingues* utilizando datas aproximadas, ordenou a cronologia de Jerusalém, conforme é demonstrado adiante:

2000 a.C. – Período Patriarcal (Abraão, Isaac, Jacob).
1050-930 a.C. – Reino unificado
1004 a.C. – David funda Jerusalém, fazendo dela a Capital do Reino
930-586 a.C. – Reino de Judá960 a.C. – O Rei Salomão inicia a construção do 1º Templo
952 a.C. – Consagração do 1º Templo
586 a.C. – Nabucodonosor invade Jerusalém e destrói o 1º Templo
539-332 a.C. – Domínio Persa
520 a 515 a.C. – Reconstrução do 2º Templo
332-167 a.C. – Domínio Grego
168 a.C. – O domínio opressor grego atinge o seu cume
63 a.C. - Domínio Romano
63 a.C. – Pompeu destrói Jerusalém
37 a.C. – Jerusalém é destruída parcialmente por Herodes
20 a.C. a 63 d.C. – Herodes reconstrói o 2º Templo
29-32 – Vida pública de Jesus Cristo
70 – O Templo é definitivamente destruído pelo Imperador Tito
324 – Domínio Bizantino
335 – Término da construção do Santo Sepulcro
614 – Persas conquistam Jerusalém. A Santa Cruz é saqueada
628 – Os bizantinos reconquistam a cidade, a Santa Cruz é recuperada e entronizada em Jerusalém
639 – Domínio Muçulmano
639 – Jerusalém é dominada pelos árabes liderados por Omar
692 – Término da construção da Mesquita de Omar (Cúpula do Rochedo)
1010 – O califa Al-Hakim destrói o Santo Sepulcro
1099 – Domínio Cristão
1099 – Os cruzados, convocados pelo Papa Urbano II em 1095, chegam a Jerusalém e reconquistam a cidade
1244 – Domínio Mongol
1244 – Jerusalém é conquistada e saqueada pelos mongóis
1516 – Domínio Otomano
1516 – Jerusalém é conquistada pelos otomanos
1840 – Reocupação turca
1917 – Domínio Britânico
1920 – É atribuído o mandato da Palestina ao Reino Unido
1947 – Resolução das Nações Unidas a fim de criar um Estado Judeu e Árabe na Palestina
1948 – Reino Unido retira-se da Palestina. O país é invadido por Estados vizinhos. É declarado o Estado de Israel a 14 de Maio
1948 – Domínio Israelita
1949 – Jerusalém é dividida entre dois países; Jerusalém é proclamada capital de Israel; Jerusalém Oriental fica sob domínio da Jordânia
1967 – Israel ocupa a Velha Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias
1987 – Início da Intifada, revolta palestiniana nos territórios ocupados por Israel, primeiro em Gaza e depois na Cisjordânia
2000 – O dirigente do Likud, Ariel Sharon, visita a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, acompanhado de um apertado corpo de guarda-costas. Surgem violentas manifestações que dão origem à 2ª Intifada.

De acordo com a cronologia, Jerusalém sofreu os mais variados domínios: persa, grego, romano, bizantino, muçulmano, cristão, mongol, otomano, britânico e agora israelita.

Por isso pergunto: A quem pertence Jerusalém?
Respondo: A todos os povos. Não apenas aos judeus, cristãos ou muçulmanos. Todos têm direito. É completamente infundada a decisão da ONU de estabelecer um Estado judeu (Israel) sobre uma cidade de importância religiosa para pessoas do mundo todo.

A quem pertence a Palestina?
Legalmente, historicamente e humanitariamente aos palestinos, que vivem na região há muito anos, sofrendo todos os tipos de ataques e domínios.

* Mestre em Relações Internacionais pelo Departamento de Ciência Política da Universidade de Paris I - Sorbonne. Doutorando em Ciência Política da Universidade de Paris I - Sorbonne. Investigador no Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança - IPRIS.


Fonte: http://orient-se.blogspot.com.br/

A História e seus fatos curiosos: Muro das Lamentações, você sabe o que é?




Muro das Lamentações, você sabe o que é?





O Muro das LamentaçõesO Muro das Lamentações localizado na área ocidental de Jerusalém vem lembrando há milênios a vitória de Roma sobre os judeus. Hoje ele é cultuado como o recanto mais sagrado do Judaísmo, pois é o último vestígio do segundo templo judaico, edificado após a destruição do anterior, construído por Salomão. O Muro das Lamentações, ou Muro Ocidental, é o segundo local mais sagrado do judaísmo, atrás somente do Santo dos Santos no Monte do Templo.
O Muro das Lamentações é sagrado para os judeus devido a ser o último pedaço do Templo pelos lados sul e leste. Além disso, o Muro é o lugar mais próximo do sancta sanctorum ou lugar "sagrado entre os sagrados" (1 Reis 8:6-8). Das três seções do muro, a do leste, do sul e do oeste, a do oeste é o lugar tradicional de oração (daí o seu nome em hebraico, Hakótel Hama'araví, "o Muro Ocidental").

História do Muro das Lamentações
No ano 20 a.C. ele foi reformado por Herodes, o Grande, na tentativa de conquistar a simpatia de César. Em 70 d.C. o Muro das Lamentações foi demolido por Tito, em uma demonstração de força do Império Romano diante da Grande Revolta Judaica.
Na época, Herodes ordenou a edificação de ostensivos muros destinados a encerrar o Monte Moriá - lugar reverenciado porque ali Abraão teria oferecido em sacrifício a Deus seu filho Isaac, por esta razão escolhido para sediar o Templo - dentro desta muralha. Desta forma ele estendeu este espaço, compondo o que atualmente é conhecido como a Esplanada das Mesquitas, que hoje abriga também dois espaços sagrados do Islamismo, a Mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha.
O Primeiro Templo, criado no século X a.C, foi eliminado em 586 a.C pelos habitantes da Babilônia; já o Segundo foi edificado por Esdras e Neemias, durante o evento que se tornou conhecido como o Exílio da Babilônia – os judeus podem finalmente voltar para sua terra natal, Judá, especialmente para Jerusalém, graças a um Decreto de Ciro, o que possibilita reedificar este santuário, depois demolido por Tito, que permite a preservação de um pedaço do muro externo para que os judeus conservem a memória de sua derrota diante de Roma. Segundo os hebreus, porém, este muro só permaneceu em pé graças a uma promessa de Deus, que lhes garantiu a preservação de pelo menos uma parcela do Templo, como emblema da união deste povo com Deus.





Enquanto os romanos dominaram Jerusalém, era proibido o ingresso dos hebreus nesta cidade, enquanto na era bizantina eles podiam visitar as ruínas do Templo uma vez ao ano, no dia que lembrava a destruição deste tabernáculo, quando então eles pranteavam e lamentavam a destruição do Templo, o que levou este recanto a ser conhecido como o Muro das Lamentações. A tradição de introduzir um pequeno papel com pedidos entre as fendas do muro tem vários séculos de antiguidade. Entre as petições dos judeus estão ferventes súplicas a Deus para que regresse à terra de Israel, o retorno de todos os exilados judeus, a reconstrução do templo (o terceiro), e a chegada da era messiânica com a chegada doMessias judeu.



Fonte: Infoescola e Wikpedia

A História e seus fatos curiosos: Estado de Israel: fatos e curiosidades



Estado de Israel: fatos e curiosidade




Bandeira de Israel

(wikpédia)



O moderno Estado de Israel declarou sua independência em 14 de maio de 1948.

Embora a maior parte da população de Israel seja judia, não podemos afirmar que todo israelense é judeu. Existem israelenses muçulmanos, cristãos e drusos, por exemplo. A maior minoria étnica é formada pelos chamados árabes israelenses.

O sistema de governo israelense é democrático com sufrágio universal e parlamentarista.

As línguas mais faladas em Israel são o hebraico e o árabe.

O centro financeiro e cultural de Israel é a cidade de Tel Aviv. Possui cerca de 400.000 habitantes, mas faz parte de uma região metropolitana com mais de 3 milhões de pessoas. Tel Aviv também é conhecida pela sua intensa vida noturna e por suas praias.

Os arqueólogos acreditam que a cidade de Jerusalém foi fundada por povos semitas por volta do ano 2.600 a.C.. Na tradição judaica, ela foi fundada por Sem e Éber, filho e neto de Noé.

Enquanto os judeus se referem a Jerusalém como “Cidade da Paz”, os árabes muçulmanos a tomam como “A Santa”.

Jerusalém é sagrada para judeus, cristãos e islâmicos. Depois de Meca e Medina, ela é a terceira cidade mais importante do islamismo. Os seguidores do Alcorão acreditam que o profeta Maomé ascendeu aos céus em Jerusalém.

Embora não seja reconhecida em todo o mundo como Capital, Jerusalém é considerada pelos judeus a Capital do Estado de Israel.

Ao longo da história, a cidade de Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.

Situada a cerca de 27 Km de Jerusalém, a cidade de Jericó é tida pela arqueologia como a cidade mais antiga do mundo. Presume-se que Jericó tenha sido fundada no ano 9.000 a. C. (isso mesmo, 10.500 anos antes da descoberta do Brasil).

A primeira referência histórica a palavra Israel é, provavelmente, do 1.210 a. C, em uma inscrição em que o faraó egípcio Mernetapt comemora uma vitória contra as chamadas tribos de Canaã, entre elas Israel.











Mapa de Israel

(www.winefornormalpeople)



O cisma das tribos de Canaã ocorre em 920 a. C., quando são fundados os reinos de Judá e Israel. Israel é dominada pelos assírios e Judá, pelos babilônios. É o rei persa Ciro quem liberta os judeus do antigo cativeiro da Babilônia.

Dois séculos depois do cativeiro da Babilônia, os judeus são conquistados pelos macedônios. Pouco tempo depois, seria a vez dos romanos dominarem toda a região.

Ocorreram diversas revoltas judaicas contra a dominação romana. A maior delas ocorre no ano 70 a. C., quando os judeus são derrotados pelos romanos. A última, porém, aconteceu no ano 134 d.C., quando os romanos proíbem o judaísmo e renomeiam a região como Síria Palestina.

Com a queda de Roma, Jerusalém e a atual região da Palestina é administrada pelos bizantinos e, em seguida, pelos árabes muçulmanos. O califa Omar conquista pacificamente a cidade e permite que os judeus continuem a praticar a sua religião.

Os cruzados cristãos conquistam Jerusalém em 1.099 d.C, porém, após um breve período de dominação, são derrotados pelo sultão curdo Saladino.

Os muçulmanos dominaram a região até o século XX, quando foi criado o Estado de Israel. Para os judeus, foi um feito histórico. Para os árabes palestinos foi uma catástrofe. Até hoje, os palestinos se referem ao ano da criação de Israel como o ano da “desgraça” (el-nakba).

Todos sabem que os primeiros sionistas liderados por Theodor Herzl desejavam fundar um Estado judeu. O que pouca gente sabe é que eles não pensaram apenas na região da Palestina. Eles pensaram em criar o Estado em territórios hoje pertencentes ao Chipre, Quênia e até Argentina.







Tel Aviv

(www.localnomad.com)

sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL A TODOS O AMIGOS E ÀQUELES QUE TAMBÉM NÃO O SÃO!...

O Natal pra mim... 
Natal pra mim, ainda é aquele
de sorrisos apaixonados, de abraços
apertados e alimento sobre a mesa,
luzes por todo lado, lareira acesa...
a fantasia d’um velhinho de Noel
trazido aos olhos da criança, por duas
renas lá do céu...
Uma manjedoura, um clarão, uma estrela
de Belém,
um menino iluminado, envolto por anjos
aureolados, em coro:
amém!
Natal pra mim, ainda é aquele de sensibilização,
de luta, pela paz que cobre a terra, nas bençãos
da oração...
de humildade e fraternidade de socorro
a outro irmão,
que sofre sozinho e caminha, sem agasalho,
nem pão...
Natal pra mim, ainda é aquele, que eu
sinto saudade...

sábado, 10 de dezembro de 2011

A ESSÊNCIA DAS RELIGIÕES


Religião
Enciclopédia Nova Barsa
           O medo do desconhecido e a necessidade de dar sentido ao mundo que o cerca levaram o homem a fundar diversos sistemas de crenças, cerimônias e cultos ­- muitas vezes centrados na figura de um ente supremo ­­­­– que o ajudam a compreender o significado último da sua natureza. Mitos, superstições ou ritos mágicos que as sociedades primitivas teceram em torno de uma existência sobrenatural, inatingível pela razão, equivaleram à crença num ser superior e ao desejo de comunhão com ele, nas primeiras formas de religião.
          Religião (do latim religio, cognato de religare, “ligar”, “apertar”, “atar”,  com referência a laços que unam o homem à divindade ) é como o conjunto de relações teóricas e práticas estabelecidas entre o homem e uma potência superior, à qual se rende culto, individual ou coletivo, por seu caráter divino e sagrado. Assim, religião constitui um corpo organizado de crenças que ultrapassam a realidade da ordem natural, sobre a qual elabora sentimentos, pensamentos e ações.
          Essa definição abrange tanto as religiões dos povos ditos primitivos quanto às formas mais complexas de organizações dos vários sistemas religiosos, embora variem muitos os conceitos sobre o conteúdo e a natureza da experiência religiosa. Apesar dessa variedade e da universalidade do fenômeno no tempo e no espaço, as religiões têm como característica comum o relacionamento do sagrado (definição do filósofo e teólogo alemão Rudolf Otto ) e a dependência do homem de poderes supramundanos ( definição do teólogo alemão Friedrich Schleiermacher ). A observância e a experiência religiosa têm por objetivo prestar tributos e estabelecer formas de submissão a esses poderes, nos quais está implícita a idéia da existência de ser ou seres superiores que criaram e controlam os cosmos e a vida humana.
         Aquelas características, que de certa forma não distinguem uma religião de outra, levaram ao debate sobre religião natural e religião revelada; o que recebeu significação especial nas teologias judaicas e cristãs. O americano Mircea Éliade, historiador das religiões, denominou “hierofania” a essa manifestação do sagrado uma pedra ou uma árvore, seja a doutrina da encarnação de Deus em Jesus Cristo, trata-se sempre de uma hierofania, de um ato misterioso que revela algo completamente diferente da realidade do mundo natural, profano.
         Por mais que a mentalidade ocidental moderna possa repudiar certa expressões rudimentares ou exóticas das religiões primitivas, na realidade a pedra e a árvore não são adoradas enquanto tais, com expressões de algo sagrado, que paradoxalmente transforma o objeto numa outra realidade. O sagrado e o profano configuram duas modalidades de estar no mundo e duas atitudes existenciais do homem ao longo de sua história. Contudo, as reações do homem frente ao sagrado, em diferentes contextos históricos, não são uniformes e expressam um fenômeno cultural e social complexo, apesar da base comum.
          Embora não seja fácil elaborar uma classificação sistemática das religiões, pode-se agrupá-las em duas categorias amplas: religiões primitivas e religiões superiores. Nessa divisão, o qualificativo superior refere-se ao desenvolvimento cultural e não ao nível de religiosidade.
         Religiões primitivas. A importância do culto aos antepassados levou filósofos e historiadores ­– como Evêmero, no século 4 a.C. – a considerá-lo a origem da religião. As sepulturas paleolíticas corroboram essa  opinião, pois comprovam já haver, naquele período, a crença numa vida depois da morte e no poder ou influência dos antepassados sobre a vida cotidiana do clã familiar. Os integrantes do clã obrigavam-se a praticar ritos em homenagem aos seus defuntos pelo temor a represálias ou pelo desejo de receber benefícios ou, ainda, por considerá-los divinizados.
         No século 19, os estudo realizados pelo antropólogo britânico Edward Burnett Tylor deram origem ao conceito de animismo, aplicado desde então a todas as religiões primitivas. Tylor sustentou que o homem primitivo, a parti da experiência do sonho e do fen^nmeno da respiração, concebeu a existência de uma alma ou princípio vital imaterial que habitava todos  os seres dotados de movimento e vida. O temor diante dos fenômenos naturais ou a necessidade de obter seus benefícios impediu-o de render-lhe veneração ou culto.
          O fetichismo e o totemismo podem ser considerados variantes do animismo. O fetichismo refere-se à denominação que os portugueses deram à religião dos negros da África Ocidental e que se aplicou até confundir-se com animismo. Consiste na veneração a objetos aos quais se atribuem poderes sobrenaturais ou que são possuídos por um espírito. Mais que uma religião, o totemismo seria um sistema de crença e práticas culturais que estabelece relação especial entre um indivíduo ou um grupo de indivíduos e um animal – às vezes também um vegetal, um fenômeno natural ou algum objeto material – ao qual se rende algum tipo de culto e respeito em relação ao qual se estabelecem determinadas proibições ( uso como alimento, contato, etc. ).
           Religiões superiores. `A medida que o homem passou a organizar sua existência numa base racional, a multiplicidade de poderes divino e sobre-humanas ao primitivo animismo não conseguiu mais satisfazer a necessidade de estabelecer uma relação coerente com as múltiplas forças espirituais que povoaram o universo. Surgiram assim as religiões politeístas, panteístas, deístas e monoteístas, expressões das condições sociais e culturais de cada época e das características dos povos em que surgiram.
           As religiões politeístas afirma a existência de vários deuses, aos quais rendem culto. Existem duas teorias contraditórias sobre a origem do politeísmo: para alguns, é forma primitiva da religião, que mais tarde teria evoluído até o monoteísmo; para outros, ao contrário, é uma degeneração do monoteísmo primitivo. O politeísmo reflete a experiência humana de um universo no qual se manifestam diversas forças de poder sobre-humano; no entanto, nas religiões politeístas ocorre com freqüência uma hierarquia, com um deus supremo que reina e que, em geral, pode ser origem dos demais deuses. O problema do politeísmo seria delimitar o que se entende como deus ou algo sobre-humano. Politeístas foram a religião grega e a romana.
          O panteísmo é uma filosofia que, por levar a extremos as noções de absoluto e de infinito, próprias do conceito de Deus, chega a considerá-lo como a única realidade existente e, portanto a identificá-lo com o mundo. É a clássica a formulação do filósofo Baruch Spinosa, no século 17: Deus sive natura (Deus ou natureza). A lguns filósofos gregos e estóicos foram panteístas, doutrina que também é a base fundamental do budismo.
          Também uma corrente filosófica, o deísmo reconhece a existência enquanto constitui um ser supremo de atributos totalmente indeterminados. Essa doutrina funda-se na religião natural, que nega a revelação. O que o homem conhece a respeito de Deus não ocorre apenas das deduções da própria humana. Se o universo físico é regulado por leis segundo a vontade de Deus e o mundo moral e espiritual devem ser similares, reguladas com a mesma precisão e, portanto, naturais. O período do iluminismo (séculos 17-18) proclamou o culto a deusa razão e a revolução francesa ajudou a organizá-lo.
           As religiões monoteístas professam a crença num Deus único, transcendente – distinto e superior ao universo – e pessoal. Um dos grandes problemas do monoteísmo é a explicação do mal no mundo, o que levou diversas religiões a adotarem um sistema dualista, o maniqueísmo, fundado nos princípios supremo do bem e do mal.
           As grandes religiões monoteístas são o judaísmo, o cristianismo – que professa a existência de um só Deus, apesar de reconhecer, como, mistério, três pessoas divinas – e o islamismo.
           Elementos característicos dos sistemas religiosos.  Os princípios elementares comuns à maioria das religiões conhecida na história podem agrupar-se nos seguintes capítulos: crenças, ritos, normas de conduta e instituições.
           Toda religião pressupõe algumas crenças básicas, como a sobrevivência depois da morte, mundo sobrenatural, etc., ao menos comum fundamento dos ritos que pratica. Essas crenças podem ser de tipo mitológico – relatos simbólicos sobre a origens dos deuses, do mundo ou do próprio povo; ou dogmático – conceitos transmitidos por revelação da divindade, que dá origem à religião revelada e que são recolhidos nas escrituras sagradas em termos simbólicos, mas também conceituais.
          Os conceitos fundamentais organizam-se, de modo geral, em um credo ou profissão de fé; as deduções ou explicações de tais conceitos constituem a teologia ou ensinamento de cada religião, que enfoca temas sobre a divindade, suas relações com os homens e os problemas cruciais – a morte, a moral, as relações humanas, etc. Entre as crenças destacam-se, em geral, uma visão esperançosa sobre a salvação definitiva das calamidades presentes, que pode ir desde da mera ausência de sofrimento até a incógnita do nirvana ou felicidade plena do paraíso.
          A manifestação das próprias crenças e anseios mediante ações simbólicas é inerente a expressividade humana. Da mesma forma, as crenças e sentimentos religiosos têm se manifestado por intermédio dos ritos, ou ações sagradas, praticadas nas diferentes religiões. Até no budismo, contra o ensinamento de Buda , desenvolveram desde do começo diversas classes de rituais. Toda religião que seja mais do que uma filosofia gera uma série de ritos a ser vivida pelo povo. Existem ritos culturais em honra à divindade, ritos funerários, ritos de bênçãos ou de consagração e muitos outros.
          Observa-se em geral, nas diversas religiões, a existências de ministros ou sacerdotes encarregados de celebrar os principais rituais e, em especial, o culto à divindade. Os atos mais importantes desse culto são oferendas e sacrifícios praticados em conjunto, com invocações e orações. Com freqüência celebram-se os ritos em lugares e épocas considerados sagrados, especialmente dedicados à divindade, e observados com escrupulosa exatidão através dos tempos.
          O terceiro elemento característico de toda religião é o estabelecimento, mais ou menos coercitivo, de normas de conduta do indivíduo ou do grupo do qual se refere a Deus, as seus semelhantes e a si mesmo. O primeiro comportamento exigido é a conversão ou mudança para um novo modo de vida. Com relação a Deus, destacam-se as atitudes de veneração, obediência, oração e, em algumas religiões, o amor. Na conduta no âmbito da esfera humana entra, em maior ou menor medida, um sistema de normas éticas.
          Quase todas as religiões cristalizam-se em algumas instituições dogmáticas (doutrinárias)e culturais (sacerdócio, hierarquia). Muitas delas chegam a conduta, com a criação até mesmo de tribunais de justiça e sanções e organizar administrativamente as diversas comunidades de crentes e suas propriedades. Essas instituições dão forma e coesão aos crentes como um grupo social – religião, povo, igreja, comunidade; a elas somam-se outras instituição voluntárias de tipo assistencial ou de plena dedicação religiosa, que correspondem a grupos informais dentro do grupo institucionalizado. As instituições consideram imprescindível a forma externa, enquanto que a fé considera o espírito interno como essncial à religião.
(In: Enciclopédia N ova Barsa, Vol. 12, Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações, Rio de Janeiro/ São Paulo, 1997.)
OBS: Este texto não serve para fundamentar alicerce de uma nova crença, é apenas a nível de conhecimento e enriquecimento intelectual.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O IMPOSSÍVEL PARA OS HOMENS, É POSSÍVEL PARA DEUS!



O dia em que o Sol parou



Cientistas da NASA, a agência espacial norte-americana, no início da década de 80, em Green Belt, Maryland, dedicaram-se a uma exaustiva pesquisa, com o uso dos mais modernos recursos da Informática, para estabelecer a posição exata do Sol, da Lua e dos diversos planetas do nosso sistema solar durante o milênio.
Harold Hill, presidente da companhia de engenharia Curtis, com sede na cidade de Baltimore, também em Maryland, relata sua experiência no cargo de consultor do programa espacial daquele período:
"Precisamos desses dados para que satélites possam ser lançados ao espaço para missões de exploração de novos corpos celestes sem que entrem em rota de colisão com qualquer um deles. Como pretendemos construir foguetes não-tripulados com autonomia para muitas e muitas décadas no espaço, precisamos traçar sua trajetória com precisão para que as gerações futuras venham a receber e analisar os dados enviados por eles. Nós e os cientistas da NASA, descobrimos que falta um dia no calendário universal. Envolvido nesta pesquisa, pude presenciar uma descoberta fantástica: falta um dia na história do universo!"
Eis como tudo aconteceu: Os engenheiros da NASA colocaram os dados no computador para que ele determinasse a exata posição dos astros, tanto no passado quanto no futuro, e então surgiu um impasse. O computador subitamente interrompeu o programa e mostrou na tela um aviso de que havia algo errado nos números que lhe serviram de base para os cálculos. Entretanto, havia entre eles um evangélico que falou sobre a história de Josué. Os engenheiros da IBM foram imediatamente chamados para verificação de um possível defeito e, após um cuidadoso exame de toda a rede de informática, garantiram que estava tudo em ordem. Foi então, que esse membro evangélico que fazia parte da equipe, lembrou-se de que Josué, segundo os textos sagrados, certa ocasião ordenara ao Sol que parasse e contou o episódio aos seus colegas. Ninguém acreditou, a princípio, pois todos os outros cientistas eram acostumados a fatos concretos. Assim, eles o desafiaram a provar o que dizia. O cientista, ao ser desafiado, pegou a Bíblia e mostrou Josué 10:12 "Então Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel; e disse, na presença dos israelitas: Sol, detém-te sobre Gibeom, e tu, lua, no vale de Aijalom". Explicou-lhes que Josué se encontrava rodeado por inimigos e se a noite caísse, eles poderiam sobrepujá-lo. Pediu, portanto, a Deus que o Sol parasse, e assim aconteceu, o Sol não se pôs o dia todo.
Depois destas explicações, resolveram colocar esses novos dados nos computadores para ver se era realmente o dia que faltava e, voltando no tempo, achamos uma resposta aproximada. O período que faltava no tempo por causa do pedido de Josué era de 23 horas e 20 minutos; não era, portanto, um dia inteiro, conforme garantiam os computadores da NASA. Com esse resultado, os cientistas voltaram ao livro de Josué e acharam o capítulo 10 v.13: "E o Sol se deteve, e a Lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos... O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro". Bem, o texto bíblico confirmava que não era exatamente um dia inteiro e esse achado foi muito importante, mas ainda assim continuavam em dificuldades, porque faltavam 40 minutos, e não é possível realizar cálculos para séculos futuros com um erro desse tipo.
Após algum tempo, aquele cientista evangélico se lembrou de outra passagem bíblica que mencionava outro episódio a respeito do sol. Dessa vez o astro maior teria regredido no tempo. Todos ficaram atônitos... absolutamente mudos! Novamente o primeiro impulso foi de descrédito, porém, utilizando-se de um programa específico para consultas bíblicas, chegaram ao seguinte texto: II Reis 20: 8 à 11 - "Ezequias disse a Isaías: Qual será o sinal de que o Senhor me curará, e de que ao terceiro dia subirei à casa do Senhor? Respondeu Isaías: Ser-te-á isto da parte do Senhor como sinal de que Ele cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou os retrocederá? Então disse Ezequias: É facil que a sombra adiante dez graus; tal, porém, não aconteça, antes retroceda dez graus. Então o profeta Isaías clamou ao Senhor; e fez retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz".
Ficaram todos quietos naquele momento. A incredulidade por causa daquilo que é concreto foi fulminada pelas palavras de um livro milenar, muitas vezes ignorado. Dez graus são exatamente 40 minutos que, somados às 23 horas e 20 minutos do tempo utilizado por Josué, formam precisamente as 24 horas (um dia) faltantes em nossos cálculos.